segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A espiritualidade e as empresas – Entrevista com Boris Tabacof



Hoje, tenho o prazer de entrevistar aqui no Blog Boris Tabacof, empresário, vice-presidente do Conselho de Administração da Suzano Holding e do Conselho Superior de Economia da Fiesp e conselheiro da Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel), bem como autor do livro Espírito de empresário: reflexões para construir uma gestão baseada em valores.

Eduardo: As empresas são administradas com base na racionalidade, métodos de trabalho, ferramentas e técnicas gerenciais. Assim, como é possível conciliar algo subjetivo como a espiritualidade com a gestão?

Tabacof: Espírito de Empresário é fruto da minha vivência, da minha experiência pessoal, do meu convívio com grandes lideres empresariais. A administração bem sucedida é uma conjugação de conhecimentos e técnicas de gestão, com fatores altamente pessoais e subjetivos, que envolvem aspectos difíceis de definir como intuição, capacidade de inspirar as equipes das empresas, com força moral e fé. Não se trata apenas de conciliar gestão prática com o que se chama de valores espirituais, mas de despertar energias construtivas que ultrapassam a visão egoísta do sucesso.

Eduardo: No seu livro, o senhor fala de uma necessidade urgente dos empresários e executivos refletirem sobre os seus valores. Por que? Quais valores os líderes devem desenvolver e possuir?

Tabacof: Voce já imaginou se as pessoas de uma empresa, da mais alta direção até os cargos mais modestos, tiverem uma atitude construtiva de adesão a princípios benevolentes, no trato com o meio ambiente, com competidores, com seus fornecedores? Como ela seria? Seria uma empresa na qual todo mundo estaria motivado, procurando aplicar da melhor maneira os recursos da companhia. A vida empresarial é como se fosse um sistema em que há figuras de todo tipo gravitando em torno de várias forças. Por essa razão é que a visão espiritual é tão importante para obter resultados maiores.

Eduardo: Em um ambiente de negócios cada dia mais complexo e permeado por instabilidades e mudanças constantes, o que garante a sustentabilidade das empresas no curto, médio e longo prazos?

Tabacof: A sustentabilidade só se alcança, nos tempos atuais, ultrapassando as tradicionais visões de obter resultados a qualquer custo. A empresa se sustenta na medida em que os seus objetivos e métodos são compatíveis com a preservação dos recursos da natureza, do bem estar dos seus funcionários e da comunidade onde atua, da satisfação social em relação ao que ela produz.

Eduardo: Por favor deixe uma mensagem final aos leitores do Blog.

Tabacof: Agradeço-o pela oportunidade de me comunicar, mais uma vez, com as pessoas que estão preocupadas com os rumos destrutivos de certos aspectos do mundo dos negócios. Confio em que as coisas evoluam para considerar os valores espirituais para a construção de um mundo melhor.

Eduardo: Muito Obrigado pela sua participação.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Os 10 erros do investidor em ações:

1. Comprar ou vender uma ação com base em boatos e dicas;

2. Não ter um método de investimento;

3. Investir com um horizonte de tempo abaixo de 3 anos, acreditando que o comportamento do mercado pode ser previsto;

4. Não estabelecer um objetivo para o seu investimento;

5. Não saber por quais razões investe em uma ou mais empresas;

6. Se enxergar como um investidor em papéis e não como um sócio de uma ou mais empresas;

7. Não investir na sua formação como investidor;

8. Não aprender com os próprios erros e aqueles de outros investidores que admire;

9. Durante uma crise que abale a Bolsa, não comprar ações;

10. Não rever e criticar de tempos em tempos as próprias crenças sobre investimentos em ações.

Falarei de cada um dos erros em futuros posts.

Você concorda com os erros que listei acima? Quais os maiores erros cometidos pelos investidores em ações na sua opinião?

domingo, 26 de setembro de 2010

03/10/10: grande oportunidade para melhorarmos o país

Por causa dos escândalos de corrupção, notícias de gestão ineficiente dos recursos públicos e outras trapalhadas dos nossos políticos, muitos estão descrentes com a Política. Tenho escutado pessoas dizerem que o país continuará se desenvolvendo (a renda das famílias aumentando, um maior acesso delas a uma variedade de bens e serviços, as empresas produzindo, crescendo e gerando empregos etc) nos próximos anos independentemente de políticos cujas decisões e atuação contribuam ou não para tal continuidade. É como se a política e a economia tivessem se descolado e uma pudesse caminhar sem a outra.

Não há como separar a política da economia. Elas andam juntas e uma influencia diretamente a outra. Exemplo: se vivemos uma enorme escassez de mão de obra qualificada, fato que coloca em risco a continuidade do nosso desenvolvimento, um dos motivos é a baixa qualidade do ensino público. Na origem das deficiências do nosso sistema educacional temos, dentre outras razões, políticas públicas anacrônicas e uma gestão ineficaz dos recursos investidos. Assim, precisamos urgentemente de lideranças políticas competentes que não só compreendam os problemas e desafios educacionais, mas também que estejam dispostas a promover as mudanças necessárias para a superação do nosso atraso.

Daqui há alguns dias, teremos uma oportunidade preciosa de melhorar o Brasil ao escolhermos as pessoas que nos governarão pelos próximos quatro anos. Eu estou analisando candidatos, os seus históricos de vida – valores, formação e atuação profissional – e propostas. E você, também está pesquisando os seus candidatos?

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Livros serão parte do conhecimento

Uma afirmação valiosa de Villela, Publisher da Editora Évora, é a de que os livros podem deixar de existir como são para dar lugar a projetos de conhecimento, integrando textos, vídeos, imagens e áudios, sempre com o objetivo de dar mais informações ao leitor. Esta afirmação é importante porque revela uma mudança de visão significativa entre os editores de livros e abre espaço para compreender o livro, o conteúdo, a informação, como parte de um projeto de comunicação muito mais amplo. Veja no vídeo abaixo o trecho da entrevista onde Villela discute esta questão. (Publicado originalmente em http://www.blogvidaecarreira.com.br/blogvidaecarreira/?p=100)

Livros superficiais perdem para a Web

Para Villela, da Editora Évora, a Internet é, por assim dizer, o grande centro dos conteúdos superficiais. Isso não é necessariamente algo ruim, pois a partir de algo superficial, podemos avançar para conteúdos mais complexos e realmente significativos. Mas, pelo fato da Internet possibilitar acesso fácil e gratuito a conteúdos superficiais, os livros de gestão e carreira que têm conteúdos similares começam a não fazer mais sentido, pois são vendidos e raramente acrescentam algo à vida do leitor. Veja mais informações no vídeo abaixo, que faz parte da entrevista concedida por Villela ao Blog Vida e Carreira. (Entrevista publicada originalmente em http://www.blogvidaecarreira.com.br/blogvidaecarreira/?p=96)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Os livros de carreira e a Geração Y

Para Villela, muitos jovens que ingressam no mercado de trabalho, e que viveram em famílias desestruturadas pelo fato dos pais focarem exclusivamente a carreira, recusam-se a separar a vida pessoal da profissional e querem conteúdos editoriais que reflitam essa inquietação. Para o Publisher da Editora Évora, os livros de gestão e carreira atuais seguem ditando receitas que as pessoas devem seguir para “serem felizes”, o que é algo irreal face as mudanças sociais. Veja mais um trecho da entrevista no vídeo abaixo. (Entrevista publicada originalmente em http://www.blogvidaecarreira.com.br/blogvidaecarreira/?p=88 )

Chega de superficialismo



Boa parte dos livros que tratam de temas relacionados a carreira é superficial e ajuda pouco os leitores que vivem em meio a mudanças econômicas e sociais profundas. Esta é a opinião de Eduardo Villela, Sócio e Publisher da Editora Évora, criada em abril deste ano, e que chega ao mercado disposta a inovar essa questão. Segundo Vilella, os conteúdos de livros de gestão e carreira precisam refletir a nova dinâmica social. Veja no vídeo abaixo um trecho da entrevista com o Publisher da Editora Évora exclusiva para o Blog Vida e Carreira.

Série de vídeos sobre livros de carreira e tendênias do mercado editorial

Olá, Pessoal.

Há alguns dias fui entrevistado pelo Blog Vida&Carreira http://www.blogvidaecarreira.com.br/ .
A entrevista resultou em uma série de vídeos que vocês podem conferir a partir de hoje aqui ou acessando o Blog Vida&Carreira.
Nos vídeos, falo sobre livros de carreira e algumas tendências do mercado editorial.
O primeiro vídeo segue no próximo post.
Abraços,

domingo, 22 de agosto de 2010

O que é necessário para se iniciar um negócio?

Acredito que para iniciar uma empresa precisamos:

1.possuir um bom conhecimento e experiência no ramo de atuação.

Quanto mais conhecimento e experiência temos de uma determinada atividade tendemos a acertar mais do que a errar em nossas decisões e desenvolvemos melhores condições de administrarmos os riscos e as imprevisibilidades, bem como nos tornamos aptos a visualizar as oportunidades que o mercado nos apresenta.

Então, se você considera que não possui conhecimento e experiência suficientes no ramo pretendido de atuação, sugiro que, antes de cogitar empreender, obtenha um emprego e trabalhe alguns anos como colaborador na área.

2. já ter uma boa rede de relacionamentos (network) com fornecedores, clientes e potenciais parceiros de negócios.

A rede de relacionamentos nos proporciona uma execução eficaz dos nossos projetos, a realização de bons negócios, uma rica troca de informações, acesso a novas oportunidades de negócios e aprendizado constante. Nunca se esqueça que os relacionamentos são vias de mão dupla: para ser ajudado é necessário sempre estar disposto a ajudar o outro e fazê-lo de maneira genuína e desinteressada.

3.de uma boa oportunidade de negócio ou um conjunto delas.

A abertura de uma empresa só se justifica com a existência de uma razão forte ou de um conjunto delas que têm na sua essência alterar o estado atual de como algo é feito. Uma boa oportunidade de negócio sempre nos convida a pensar e a realizar de forma diferente.

4.elaborar um bom plano de negócios.

Ao elaborarmos um plano de negócios, não só enxergamos com mais clareza as oportunidades de negócios que se apresentam em determinado mercado e a sua viabilidade de implementação ou não, mas também ficamos mais conscientes dos obstáculos, riscos e incertezas que lidaremos ao decidirmos partir das idéias para a concretização de um projeto. Um business plan deve ser atualizado constantemente, pois o ambiente de negócios está sempre em transformação, com novas oportunidades, desafios, riscos e incertezas surgindo a todo instante.

5. ser apaixonados pela área na qual atuaremos e ver sentido naquilo que faremos.

Sem paixão e sentido na quilo que faz dificilmente o empreendedor consegue se dedicar de corpo e alma aos seus projetos e desenvolver a resiliência necessária para administrar os desafios e as complexidades que certamente se apresentarão ao logo do caminho.

6. de um capital mínimo.

O mínimo de capital que lhe permita criar as bases da sua empresa e colocá-la em operação.

E você, o que acha que um empreendedor necessita antes de começar um negócio?

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Bate-papo sobre empreendedorismo, inovação e redes sociais



Hoje, tenho o prazer de entrevistar aqui no Blog Renato Fonseca de Andrade, autor do livro Conexões empreendedoras: entenda por que você precisa usar as redes sociais para se destacar no mercado e alcançar resultados e um dos maiores especialistas brasileiros em empreendedorismo, redes sociais, inovação e criatividade.

Eduardo: Renato, para ser um empreendedor, além da disposição de assumir riscos e realizar projetos, você diz que é preciso possuir “atitude empreendedora”. O que é atitude empreendedora e como é possível desenvolvê-la?

Renato: A atitude empreendedora é a atitude voltada para a realização de algo importante para você, é a combinação de comportamentos que encontra soluções e contribui para a transformação de uma visão em realidade. Acredito que seja possível desenvolver a atitude empreendedora a partir de referenciais comportamentais dos grandes realizadores, de auto-conhecimento e do desejo pessoal de aprimorar-se sempre.

Eduardo: Além de experiência e conhecimento do ramo em que atua, por que atualmente é imprescindível para o sucesso de um empreendedor a construção de uma boa rede de parcerias? E quais atores devem fazer parte desta rede de parcerias: clientes, fornecedores e outros empresários?

Renato: A habilidade de desenvolver redes é uma competência de grande valia para os empreendedores contemporâneos. É através das redes que se tem acesso às oportunidades e informações. Todas as pessoas relacionadas ao ramo são potenciais elos da rede.

Eduardo: No seu recém lançado livro Conexões empreendedoras, você relaciona empreendedorismo e redes sociais. Como as redes sociais podem contribuir para os negócios de um empreendedor? Você poderia dar um exemplo?

Renato: Fazer conexões é diminuir o mundo e aproximar os empreendedores das soluções, de novas ideias, de novas possibilidades. Mas para estabelecer conexões de confiança é importante saber doar. No livro procuro transmitir esses conceitos no sentido de aprimorar a atuação do empreendedor. Cito também diversos exemplos como o de um estudante de comércio exterior que tornou-se um executivo internacional através de suas conexões.

Eduardo: Sabemos que a inovação é fundamental para o sucesso das empresas e o desenvolvimento do país. Porém, o número de empresas que inovam no Brasil ainda é muito pequeno. Como as redes sociais podem ajudar os empreendedores a inovarem?

Renato: Promovendo o intercâmbio de conhecimento e a abertura para novos mercados. Para inovar, mais do que comunicar, é importante intercambiar.

Eduardo: Deixe por favor uma mensagem final para os leitores do Blog.

Renato: Nunca é tarde demais para começar a fazer conexões de confiança, nem cedo demais para não fazê-las. A vida é pura conexão, é gente com gente, sempre. Quanto antes entendermos isso e nos aprimorarmos, melhor para nossa realização. Espero que todos apreciem a leitura e aguardo os comentários no blog www.conselheirocriativo.com.br. Boas conexões!

Eduardo: Renato, agradeço pela participação aqui no Blog. Para contato com o Renato, ler artigos de sua autoria e mais informações sobre o seu livro e trabalho, acessem o seu site http://www.conselheirocriativo.com.br/, assim como podem seguir o Renato no Twitter @creativeadviser.

sábado, 7 de agosto de 2010

Saindo fora da caixa: ampliar os seus horizontes fará muito bem aos seus investimentos

Além de buscar adquirir conhecimentos de finanças, investimentos, economia brasileira e internacional e gestão de empresas, os quais permitem a você, investidor, analisar as empresas e os seus segmentos de atuação, sugiro que você busque continuamente desenvolver o seu espírito crítico e entender cada vez melhor as pessoas.

Desenvolver o seu espírito crítico significa ser capaz de olhar para uma determinada situação e entender como ela se configurou e por que ela persiste, assim como imaginar o que pode fazer com que ela se transforme.

Uma melhor compreensão das pessoas envolve perceber com mais clareza como elas se comportam, quais são os seus valores, o que elas sentem, quais os seus objetivos, como se realizam, quais as dificuldades e os desafios que enfrentam.

E como desenvolvemos a análise crítica e apuramos o nosso entendimento das pessoas?

Acredito que é por meio da valorização e dedicação constante a aprender mais sobre História, Filosofia, Antropologia, Sociologia, Ciência Política, Psicologia, Biologia, Literatura e Arte.

Hoje, as fontes de tais conhecimentos são variadas e de fácil acesso. Você pode ler bons livros, jornais e revistas, fazer cursos, assistir a filmes, visitar museus e exposições e buscar conhecer pessoas que tenham algum tipo de vínculo mais profundo com uma ou mais destas áreas do conhecimento. (Em futuros posts, irei sugerir alguns livros, revistas, cursos, filmes e museus que penso valerem à pena você conferir.)

Mas como a análise crítica da realidade e a compreensão das pessoas podem ajudá-lo a ser um melhor investidor em ações?

Elas lhe permitirão enxergar tendências ou mesmo antecipar aquelas que estão por vir.

Mas o que é uma tendência?

Para mim, uma tendência é um conjunto de sinais que revelam o nascimento de uma nova forma das pessoas se comportarem. Uma tendência pode levar meses ou até anos para se firmar como um comportamento amplamente difundido, aceito e praticado por um grande número de pessoas de uma sociedade.

Ao enxergar as tendências, ficará claro para você quais empresas estão preparadas para atuar de acordo com elas, quais as perceberam e estão se organizando para atendê-las e por fim aquelas que não só as identificaram como já estão produzindo e disponibilizando bens e serviços que atendam aos novos comportamentos nascentes das pessoas.

domingo, 1 de agosto de 2010

Aprendizado com a leitura de relatórios e análises

Olá, Pessoal.

Além da leitura de bons livros, uma das melhores formas de se aprender sobre investimento em ações, fundamentos de gestão empresarial e economia brasileira e internacional é conferir os relatórios e análises das assets (gestoras independentes de recursos). Segue relação de algumas que acompanho regularmente. O meu critério de seleção foi escolher aquelas que têm históricos consistentes de resultados em seus fundos, assim como por adotarem uma filosofia de investimento fundamentalista com horizonte de longo prazo.

Orbe Investimentos: http://www.orbeinvestimentos.com.br/
Fama Investimentos: http://www.famainvestimentos.com.br/
Rio Bravo: http://www.riobravo.com.br/
Dynamo: http://www.dynamo.com.br/
Modal Asset: http://www.modalasset.com.br/
M.Square: http://www.msquare.com.br/
Skopos: http://www.skopos.com.br/
Investidor Profissional: http://www.investidorprofissional.com.br/
Tarpon: http://www.tarponinvest.com.br/
Mauá Sekular Investimentos: http://www.mauainvest.com.br/
Gas Investimentos: http://www.gasinvestimentos.com.br/

Sugiro que criem as suas próprias listas.

A leitura de relatórios e análises é um hábito saudável  e positivo que certamente fará de vocês investidores melhores.

Abraços,

domingo, 23 de maio de 2010

Antes de investir, construa uma reserva financeira para imprevistos e emergências

Antes de poupar e investir para comprar bens e serviços de valor, como um carro, uma casa, uma viagem, um curso de pós-graduação etc, precisamos nos preocupar em construir uma poupança para situações de imprevistos e emergências as quais sempre estão sujeitas de acontecer e impactar a nossa vida. Alguns exemplos destas situações são um problema de saúde que nos submeta a um tratamento de média a longa duração e nos impeça de trabalhar, uma demissão, problemas de saúde e falecimento de familiares.

Assim, é fundamental constituirmos uma reserva financeira para garantirmos a nossa segurança e bem estar pessoais, bem como da nossa família.

Especialistas em planejamento financeiro pessoal e familiar, como também consultores de carreira, recomendam que todo profissional deva ter uma poupança de 6 a 12 vezes o valor da sua renda mensal. Em uma situação de demissão, por exemplo, um profissional prevenido que construiu uma poupança de 12 vezes o seu salário conseguirá manter o mesmo padrão de vida por 12 meses sem se desesperar para arrumar um novo emprego rapidamente por que as contas não param de chegar e não possui dinheiro para pagá-las, podendo se dedicar à sua transição de carreira de maneira planejada e serena.

Tal reserva deve estar investida em uma aplicação conservadora e de baixíssimo risco que nos permita recorrer ao dinheiro no momento de uma necessidade sem a possibilidade de sofrermos prejuízo financeiro ao sacá-lo. O dinheiro pode ser investido em títulos públicos, na poupança ou fundos de investimento DI, modalidades de investimento conservadoras que oferecem riscos muito baixos. Nunca este dinheiro deve ser aplicado em renda variável, como ações, câmbio e fundos de investimento multimercado, pois são investimentos de risco que normalmente requerem um horizonte de médio a longo prazos para obtermos uma boa rentabilidade.


Embora nos esforcemos para tentarmos prevenir, minimizar ou mesmo evitar os imprevistos e as emergências, não estamos livres de vivermos momentos turbulentos, porque não é possível termos um controle absoluto sob todas as variáveis da vida. Portanto, ao possuirmos uma poupança para eventos inesperados, estaremos preparados para passar pelos momentos difíceis com um pouco mais de tranquilidade e o menor sofrimento possível.    

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Investimento em ações - Qual percentual do meu dinheiro destinado a investimentos devo aplicar em ações?




Neste vídeo, sugiro que vc invista o seu dinheiro em 3 diferentes categorias de investimentos: ações; renda fixa; e fundos de investimento multimercado.


Explico que você deve dividir o seu dinheiro em determinados percentuais de acordo com uma das seguintes faixas etárias em que esteja: até 30 anos; acima de 30 até 60 anos; e acima de 60 anos.

sábado, 15 de maio de 2010

Você é um consumidor consciente?

Diariamente, somos muito incentivados a consumir: são anúncios nos jornais e revistas que lemos, as malas diretas que recebemos pelo correio, os e-mails Marketing que lotam nossa caixa postal, os banners em sites e os comerciais na TV. Quando vamos aos Shopping Centers ou andamos por ruas de comércio vemos vitrines de lojas comunicando promoções. Ao entrarmos em um estabelecimento comercial com ou sem a intenção de comprar algo, somos atendidos por vendedores treinados em técnicas de vendas os quais tentarão nos convencer a comprar o máximo possível de produtos. Sem falar também do apelo extremamente sedutor de tantas novidades que chegam ao mercado, como novos aparelhos tecnológicos (Ipad, Smartphones, GPS etc) e artigos da moda (roupas e calçados de determinada estação etc).

Em várias situações, a Publicidade e a Propaganda, as técnicas de vendas e o Marketing são tão bem empregados e sedutores que nos levam a comprar determinado produto de forma automática, sem que paremos para pensar se realmente precisamos dele no momento.

Nas nossas casas, se prestarmos atenção a quantidade de produtos que possuímos e nunca usamos (talvez nunca usaremos!) ou o fizemos poucas vezes, iremos nos assustar. No caso dos homens tendem a ser aparelhos eletrônicos, camisas, equipamentos esportivos etc. No das mulheres costuma ser sapatos, bolsas, roupas em geral etc. Paremos para pensar quanto dinheiro gastamos (e quantas horas trabalhamos para ganhá-lo) na compra destes itens. Todo este dinheiro gasto desnecessariamente poderia ser investido em um curso para aprimorar os nossos conhecimentos e a nossa empregabilidade ou em alguma atividade de lazer com a família, como uma viagem.

Consumir é fundamental para satisfazer as nossas diferentes necessidades. Porém, o consumo deve ser consciente.

Consumo consciente significa planejarmos antes as nossas compras e valorizarmos e respeitarmos o nosso dinheiro, tendo um claro entendimento da quantidade de horas que trabalhamos para ganhá-lo, assim como do esforço que empenhamos todos os dias na realização do nosso trabalho.

Por isso, toda vez antes de pensarmos em comprar algo, paremos por um instante para nos fazer as seguintes perguntas:

Será que eu realmente preciso disso? Por qual razão? Será que já não tenho uma quantidade suficiente deste item em casa? Quantas horas precisei trabalhar para ganhar o dinheiro suficiente para comprar este produto? Será que o dinheiro que penso em gastar agora não poderia ser melhor utilizado na compra de outro bem ou serviço mais importante para mim e minha família? 

sábado, 1 de maio de 2010

Investimento em ações: o que são Small Caps, Middle Caps e Blue Chips?


Uso a classificação abaixo para dividir as empresas listadas na Bolsa.

Small Caps (pequena capitalização de mercado): empresas com valor de mercado de até R$500 milhões
Middle Caps (média capitalização de mercado): companhias com valor de mercado entre R$500 milhões e R$10 bilhões
Blue Chips (grande capitalização de mercado): empresas com valor de mercado acima de R$10 bi.

Para calcularmos o valor de mercado de uma empresa, temos:

Valor de Mercado = total do número de ações x cotação de hoje das ações

A seguir, falo um pouco das características delas.

As Blue Chips são aquelas empresas enormes que todo mundo conhece: Petrobras, Itaú, Vale do Rio Doce etc. No geral, elas têm grande partipação ou mesmo liderança de mercado no segmento em que atuam. Já cresceram muito (salvo exceções, foram pequenas e médias empresas no passado) e o seu espaço para expansão de mercado geralmente é limitado (crescimento via fusões e aquisões é uma exceção). Pensemos o seguinte, quais as chances de uma empresa que vale dezenas ou centenas de bilhões de reais crescer de forma acelerada, 5 ou mais vezes em um espaço de tempo de 5 ou 10 anos? Pequenas. Por isso, as ações dessas companhias tendem a ter uma valorização mais lenta ao longo do tempo. Outras características: são as queridinhas do mercado (ex: praticamente, toda corretora tem um ou mais analistas q só estudam Petrobrás e Vale do Rio Doce), possuem um grande número de acionistas, entre eles encontramos muitos grandes investidores (fundos de investimento, fundos de pensão, instituições financeiras, outras empresas) brasileiros e estrangeiros, como também grandes investidores pessoa física. Normalmente são boas pagadoras de dividendos. Nos momentos de crise na bolsa, as suas ações tendem a ser aquelas que mais caem, pois boa parte dos seus acionistas geralmente não tem a visão de sócios de um negócio, enxergando as ações apenas como papéis a serem vendidos durante uma as crises ou em qualquer sinal delas, independente dos fundamentos da empresa. As ações destas empresas só valem à pena serem compradas nos momentos de crise. A partir de uma desvalorização mínima de 30%, elas começam a tornar-se atrativas. Passadas as crises, a recuperação no seu preço tende a ser rápida. Por fim, suas ações têm alta ou altíssima liquidez, ou seja, é possível comprar e vender milhões de reais delas em um mesmo dia. Como tais companhias são muito conhecidas, analisadas e estudadas, a quantidade de informações disponíveis a seu respeito é enorme e de fácil acesso.

As middle e small caps são empresas desconhecidas ou pouco conhecidas do grande público. Possuem um pequeno número de acionistas quando comparadas às blue chips. Normalmente, grande parte das ações estão nas mãos do fundador, da sua família e de investidores que são próximos (que têm algum relacionamento) da empresa. Alguns poucos fundos de investimento e instituições financeiras também investem nas ações destas empresas: estamos falando de investidores com uma estratégia de investimento de longo prazo e enfoque fundamentalista que, não coincidentemente, estão entre os mais bem-sucedidos do mercado financeiro, graças a um histórico de resultados consistentes (acima da média do mercado). Outras características: normalmente possuem um bom espaço para expandir o seu mercado e, assim, desenvolvem esforços e investem intensamente no seu negócio para conquistarem mercado; no geral, pagam menos dividendos do que as blue chips; em sua maioria, não apresentam liquidez para operações diárias de milhões de reais com suas ações. Porém, oferem liquidez para operações de dezenas e centenas de milhares de reais. Estes tipos de empresas tendem a estar subavaliadas na bolsa brasileira, pois o mercado de ações brasileiro é bastante ineficiente nestas categorias. São as empresas que apresentam potencial para crescer rapidamente: várias vezes num período entre 5 a 10 anos. Observamos em algumas delas um claro movimento rumo a profissionalização, o que é muito positivo, porque um negócio profissionalmente administrado tende a ser mais eficiente e competitivo. Nos momentos de crise, suas ações tendem a cair menos por não terem um grande número de acionistas  e pelo fato dos seus acionistas serem próximos da empresa e verem-se como sócios dela. Portanto, eles têm um comprometimento e uma visão de longo prazo para com o investimento, não vendendo suas ações em momentos de crise. Não são poucas as informações existentes sobre estas empresas, porém tais informações são pouco divulgadas. Cabe ao analista de empresas saber onde encontrar estas informações.

Como obtemos informações das empresas e dos seus segmentos econômicos de atuação?

1- Visitas às empresas e conversas com pessoas que trabalham nelas ou que tenham proximidade e relacionamento com elas (ex: fornecedores).
2- Conversas com pessoas que trabalhem na concorrência.
3- Toda empresa com ações negociadas no mercado é obrigada pela legislação a disponibilizar a cada três meses e anualmente (resultado consolidado de 4 trimestres) uma série de informações ao público (demonstrações contábeis, relatórios escritos pelos administradores das empresas, pareceres dos auditores independentes, nome e cv dos administradores e dos membros dos Conselhos de Administração e Fiscal etc) que estão disponíveis no site da Bovespa, http://www.bovespa.com.br/ .
4- O próprio site das empresas é uma importante fonte de informações. Hoje, muitas companhias têm uma área de "relações com investidores", onde disponibilizam informações que acreditam ser do interesse dos acionistas e outros investidores interessadas em investir na companhia.
5- Publicações especializadas do segmento econômico em que a empresa atua: elas trazem uma riqueza de informações (situação atual e tendências do mercado, inovações, desafios etc). 
6- Sites de associações que representem um grupo de empresas de um mesmo segmento econômico. Exemplo: os sites da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e do SINDPEÇAS (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) talvez sejam as fontes mais completas de informações sobre as indústrias automobilística e de autopeças. 
7- Jornais da localidade onde a empresa está instalada.

sábado, 24 de abril de 2010

Relações com Investidores (II) - Investimento em ações


Relações com Investidores (II) - Investimento em ações from Eduardo Villela on Vimeo.


Vídeo onde falo brevemente sobre cada uma das perguntas abaixo.

Sugestão de perguntas para o investidor fazer aos profissionais da área de Relações com Investidores da empresa cujas ações ele investe:

1. Como a empresa se relaciona com os seus colaboradores? Ela investe na qualificação dos funcionários, promovendo cursos e treinamentos para eles? Ela patrocina bolsas de estudo para cursos de idiomas, de graduação e pós? Qual é o nível de formação da maioria dos funcionários? Qual é o turnover da empresa?

2. Como é a relação da empresa com os fornecedores?

3. Como a cia. se relaciona com os clientes?

4. Quais ações a empresa realiza para aumentar as suas vendas?

5. Quais são desafios atuais do mercado em que a cia. atua? O que ela está fazendo para superá-los?

6. Quais são os diferenciais da empresa em relação a concorrência?

7. Como a empresa controla os custos? Quais ações têm sido desenvolvidas para que os custos sejam reduzidos?

8. Quais investimentos estão previstos para os próximos 12 meses?

9. Como é a política de remuneração ao acionista da cia.?

10. Quais atividades para a promoção da sustentabilidade a empresa realiza?

11. Quais prêmios a cia. conquistou recentemente?

Educação financeira das crianças

Sugiro a leitura do texto abaixo, publicado na Revista Amanhã. 
Concordo com o autor de que a educação financeira é um dos principais pilares para o bem estar de uma pessoa quando adulta. 
A educação financeira precisa ser tratada como prioridade pela sociedade brasileira. Devemos criar no país uma cultura de poupança e investimento. E a forma mais eficaz para a criarmos é concentrarmos esforços em ajudar as nossas crianças a desenvolverem hábitos positivos na sua relação com o dinheiro.
Abraços,







quinta-feira, 15 de abril de 2010

Seu filho, um investidor

Muitos pais se preocupam com a nota dos filhos na escola, mas esquecem de educá-los para lidar com o próprio dinheiro
Por: Sílvio Paulo Hilgert*
Muitos pais se preocupam com as notas que seus filhos recebem na escola. Poucos, no entanto, asseguram uma educação que coloque as crianças a par de conceitos fundamentais para uma vida financeiramente saudável e aberta à acumulação de riquezas.
As crianças precisam aprender, desde cedo, os conceitos essenciais de convivência em sociedade: caráter, valores morais, trabalho etc. Mas também precisam assimilar questões ligadas à vida financeira. Isso é fundamental para que elas se tornem adultos responsáveis, equilibrados e financeiramente promissores.
Costumo dizer que, no Brasil, as pessoas já nascem com um "chip" contendo informações sobre investimentos em poupança e imóveis. Nossa cultura prega que esses são os melhores investimentos. Trata-se de um hábito antigo que se sustenta na noção de segurança - historicamente, difundiu-se a ideia de que esses investimentos são as melhores alternativas existentes para proteger e ampliar o patrimônio pessoal.
Nos Estados Unidos, ao contrário do Brasil, o mercado de capitais é bem mais desenvolvido e as crianças já trazem do berço os conceitos básicos sobre seu funcionamento. Os pais compram ações para os filhos e os incentivam a investir em ações e outros ativos de maior risco. A poupança das famílias, muitas vezes, é uma carteira de ações.
O Brasil é um país de enormes desigualdades sociais com uma grande massa pobre e um pequeno grupo muito rico. O que você quer para seu filho? Que ele faça parte da multidão e se contente com a situação atual? Ou que busque uma nova realidade, com maior poder de consumo?
Lembre-se: a formação financeira se dá muito mais pelo exemplo dos pais do que pela orientação em si. Por isso, é preciso buscar alternativas de investimento que possam fazer a diferença e levá-los a novos horizontes. Nunca se esqueça de correr atrás e ser um "exemplo vivo" para seu filho. É a melhor herança que você pode dar a ele.
Incentive seu filho a gostar destes assuntos. Faça-o ler, estudar e, principalmente, comprar ações desde cedo. Só assim, ele conhecerá esse mercado, perderá os medos e passará a ver as ações como uma oportunidade de investimento. Se tudo der certo, ele acabará sendo mais um representante de uma geração de cidadãos com uma mente mais aberta para lidar com o risco - e benesses - da bolsa de valores.
*Silvio Paulo Hilgert é diretor acadêmico da XP Educação, do Rio de Janeiro

domingo, 18 de abril de 2010

domingo, 11 de abril de 2010

A Formação do investidor em ações (III)

Este é o último post desta série de três em que falo da formação do investidor em ações. 

Nele, abordo com mais detalhes a base prática para a formação do investidor.

O conhecimento prático surge de se comprar e vender ações diretamente. Diretamente, significa operar por conta própria por meio de um simulador ou pelo Homebroker. Considero que aqueles investidores que colocam o seu dinheiro na grande maioria dos fundos de investimento em ações estão investindo de forma indireta, pois não decidem qual ação comprar e vender. Em um fundo de investimento em ações existe a figura do gestor, profissional  que toma as decisões de compra e venda de ações de acordo com o regulamento e a política investimento do fundo. 

Já há algum tempo é possível o investidor operar no mercado por meio de simuladores gratuitos de investimentos. Simuladores como o "Folhainvest" (http://folhainvest.folha.com.br/) simulam fielmente uma ferramenta de Homebroker de compra e venda de ações via web. No Folhainvest, o investidor recebe um valor fictício em dinheiro e já inicia os seus investimentos em ações. As ações das empresas que estão listadas na Bovespa podem ser compradas e vendidas no simulador.

Comprar e vender ações via simulador é na minha opinião a melhor forma de começar o seu aprendizado prático sobre o funcionamento do mercado acionário, visto que você pode errar e sofrer prejuízos antes de partir para o mundo real investindo o seu dinheiro. Outro ponto positivo é que você tem a oportunidade de iniciar o seu processo de autoconhecimento psicológico, passando a perceber quais emoções sente ao obter lucro e ao sofrer perdas e como administrá-las. Sugiro que você participe de um simulador de investimentos em ações por no mínimo 6 meses ou um ano antes de abrir uma conta em uma corretora e já sair comprando e vendendo via Homebroker. Assim, proporcionará a você o tempo necessário para entender o básico de investimentos em ações e certamente quando abrir uma conta em uma corretora e começar a investir o seu dinheiro minimizará os riscos de perdas e aumentará as suas chances de alcançar bons resultados em seus investimentos.

Para você que já tem uma conta em uma corretora e investe por meio do Homebroker, sugiro que use as várias funcionalidades que a ferramenta oferece para desta forma melhor gerenciar os seus investimentos. (Sugiro que participe dos cursos explicativos e orientações oferecidos pela sua corretora sobre como  utilizar as funcionalidades do Homebroker). Vale à pena usar funcionalidades como alertas de compra e venda de ações, programação de ordens de compra (stop de compra)  e de ordens de venda (stop gain e stop loss).

Espero que estes 3 posts tenham lhe sido úteis.  




domingo, 4 de abril de 2010

A formação do investidor em ações (II)

Vamos tratar hoje com mais detalhes sobre como o investor pode construir sua base teórica para investimentos em ações.


1. o investidor deve adquirir conhecimentos básicos de contabilidade, a linguagem dos negócios. Por que? Ao analisar uma empresa, ele precisa ser capaz de interpretar os demonstrativos financeiros dela: a demonstração do resultado do exercício, o balanço patrimonial e a demonstração de fluxo de caixa. Há bons livros introdutórios que certamente muito ajudarão o investidor a entender os fundamentos da contabilidade, como os que seguem:


Finanças para empreendedores e profissionais não financeiros, de Rafael Paschoarelli e Gustavo Cerbasi (Editora Saraiva)


Warren Buffett e a análise de balanços, de Mary Buffett e David Clark (Editora Sextante)


Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro, de Alexandre Assaf (Editora Atlas)


Análise financeiras das empresas, de José Pereira da Silva (Editora Atlas)


2. buscar obter conhecimentos básicos de gestão que os ajudará a entender o modelo de negócios de uma empresa, bem como ela é administrada. Existem no mercado várias opções de bons manuais introdutórios de administração de fácil leitura. Sugiro a seguir alguns:


Administração para administradores e não administradores: a gestão de negócios ao alcance de todos, de Idalberto Chiavenato (Editora Saraiva)


Fundamentos de administração: a busca do essencial, de Helio Janny Teixeira e outros (Editora Campus)


Administração: teoria e prática no contexto brasileiro, de Alketa Peci e Felipe Sobral (Editora Prentice Hall Brasil)


3. ler livros sobre temas de investimentos em ações: estratégias de investimento (análise gráfica, análise fundamentalista, value investing, buy and hold), biografias e a forma de investir de grandes investidores. Há ótimas opções de títulos no mercado. Alguns sugestões:


Ações feitas para vencer: um guia para obter grandes retorno financeiros na bolsa de valores, de Frederick Kobrick (Editora Gente)



O assunto é Bolsa: uma conversa com Carlos Alberto Sardenberg e Mara Luquet, de Carlos Alberto Sardenberg e Mara Luquet (Editora Saraiva)


O jeito Warren Buffett de investir: os segredos do maior investidor do mundo, de Robert Hagstrom (Editora Saraiva)


O mercado de ações em 25 episódios: histórias, estudos e crônicas sobre o mercado de ações, de Paulo Portinho (Editora Campus)


The intelligent investor: the definitive book on value investing, de Benjamin Graham (Editora Harper USA) - (Obs: o leitor o encontra na Livraria Cultura ou pode comprá-lo na Amazon)


4. é importante também adquirir conhecimentos básicos de economia e sobre o seu comportamento, pois a situação do mercado em que a empresa está inserida, bem como as condições econômicas do país e do mundo, afetam diretamente o desempenho das suas atividades. Novamente, há vários livros disponíveis. Gostaria de indicar os seguintes:


Fundamentos de economia, de Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos e Manuel Garcia (Editora Saraiva)


Economia: história, conceitos e atualidades, de José Cláudio Securato (Editora Saint Paul)


Da euforia ao pânico: uma história das crises financeiras, de Charles Kindleberger e Robert Aliber (Editora Gente)


5. além de buscar conhecer o máximo possível das empresas que investe, é fundamental que o investidor conheça um pouco do mercado em que elas atuam. Os sites das entidades e associações de classe são fontes ricas de informações a respeito. Exemplo: um investidor que possua ações da Mangels ou da Shulz, companhias que atuam na fabricação de componentes para a indústria automobilística, encontrará nos sites do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) www.sindipecas.org.br   e da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) www.anfavea.com.br  estudos, anuários e muitas outras informações sobre o mercado de veículos automotores e sua cadeia produtiva;


6. os relatórios de administração são fontes importantíssimas de informações sobre as empresas. Há vários investidores e analistas do mercado financeiro que dizem ser o relatório da administração a sua principal ferramenta de trabalho ao avaliarem uma empresa. Aprendemos muito sobre as empresas e como são administradas lendo os seus rel. de administração. Para mais informações sobre o que é um relatório da administração, sugiro que assista aqui no Blog o vídeo explicatico clicando em http://eduardovillela.blogspot.com/2010/03/relatorio-da-administracao-principal.html ;


7. há várias empresas que oferecem cursos de investimento em ações no país, desde introdutórios até avançados. Em seu site, a Bovespa oferece palestras e cursos introdutórios gratuitos que podem ser feitos online ou presencialmente na sua sede (acessem o site www.bmfbovespa.com.br para mais informações). O número de eventos sobre investimentos e mercado de ações é cada vez maior. Alguns exemplos de ótimos eventos que valem à pena o investidor participar: Expomoney (www.expomoney.com.br), Congresso Value Investing Brasil (www.valueinvestingbrasil.com.br ) e Congresso do Instituto Nacional de Investidores (www.ini.org.br/congressoini).


No próximo post, vamos falar sobre a base prática.