terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Algumas Conclusões do Congresso INI

O Congresso do INI foi espetacular.

A mensagem que fica do evento é que o Brasil deixou de ser o país do futuro e hoje é o país do presente.

Estamos em franco desenvolvimento econômico e esta é uma tendência que tudo indica que continuará pelos próximos anos.

Alguns exemplos desta realidade:

1) o crédito cresce rapidamente e já representa 45% do PIB. Porém, ainda engatinhamos ao nos compararmos com os países do G7 cuja relação crédito/PIB é de 120%.

2) O número de pessoas físicas que investem diretamente na Bolsa (por meio do Homebroker ou ordens de compra ou venda feitas por telefone) não chega a 600 mil. A meta da BM&FBOVESPA é chegarmos a 5 milhões de investidores até 2015. Tal aumento se dará graças a manutenção do controle da inflação; a continuidade da queda dos juros que reduzirá o retorno dos investimentos conservadores e incentivará as pessoas a migrarem para a renda variável; e os projetos e ações das instituições do mercado financeiro e dos governos de promoção da educação financeira dos brasileiros.

3) Por fim, o empreendedorismo e o desenvolvimento dos negócios no país tendem a ser impulsionados com o acesso cada vez mais facilitado ao crédito corporativo e ao mercado de capitais. Em relação ao mercado de capitais, já observamos um movimento forte de retomada dos IPOs e das ofertas secundárias. A partir do próximo ano, as emissões de companhias de médido porte crescerão rapidamente. A expectativa é que várias aberturas de capital no segmento BOVESPA MAIS aconteçam nos próximos anos.

Temos vários desafios a serem superados, como os problemas de infraestrutura e a baixa qualidade dos gastos públicos, porém a força do desenvolvimento econômico em curso é superior a tais problemas.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Congresso de Investimentos em Ações

Pessoal,

Amanhã, participarei do I Congresso do Instituto Nacional de Investidores (INI) no Rio de Janeiro. Assistirei a palestras, mesas redondas, wokshops e painéis com importantes profissionais do mercado de capitais e executivos de grandes empresas com ações negociadas na Bolsa. Serão abordados temas interessantes nas palestras, mesas redondas etc, tais como "O Mercado de Ações Brasileiro: Como Atingir 5 Milhões de Investidores até 2014?"; “Perspectivas para o mercado de ações Brasileiro 2010 a 2014”; “Riscos e Oportunidades na evolução do crédito no Brasil. Expectativa para os próximos anos”; Finanças Comportamentais - “Por que as pessoas são impacientes com o lucro e tolerantes com o prejuízo – Aprenda a se descobrir como Investidor!”.


Participam do evento mais de 200 pessoas que são gestores de clubes de investimentos, investidores individuais em ações e profissionais do mercado de capitais. Para mais detalhes sobre o evento, acessem: http://www.ini.org.br/congressoini/ .

Vou de ônibus hoje à noite para o RJ. Encararei 6 longas horas de viagem para ir e mais 6 para voltar! Porém, tenho certeza que valerá super à pena!

Abraços,

Dudu

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Alguns Pensamentos sobre Bolsa de Valores e Investimentos em Ações

Pessoal,

Com este post, divido com vocês algumas opiniões pessoais sobre investimentos em ações e a dinâmica do mercado acionário.

Um Abraço,

Dudu

1. É uma certeza que as crises na bolsa ocorrerão periodicamente. A bolsa tende a acompanhar a dinâmica cíclica de crise e prosperidade do capitalismo, como também outras irracionalidades humanas não diretamente relacionadas à economia (crises sociais e políticas). Assim como as crises acontecerão, é uma certeza que elas vão passar e, desta forma, uma nova época de crescimento se inicia. Nos últimos 20 anos tivemos crises e recessões econômicas nacionais e estrangeiras que abalaram sensivelmente as Bolsas em todo o mundo em intervalos a cada 3, 4 ou 5 anos. Por isso que investir em ações abaixo de uma prazo de 3 anos é arriscado.


Adoto a classificação abaixo para o tempo em investimentos.

Curtíssimo prazo: até 1 ano

Curto prazo: acima de 1 ano e até 3 anos

Médio prazo: acima de 3 anos e até 5 anos

Longo prazo: acima de 5 anos

Ações devem ser um investimento de no mínimo médio prazo.

2.O mercado de ações não é sempre eficiente no curto prazo, como ensina a teoria de finanças. Ele é quase sempre eficiente. No longo prazo, o mercado tende a ser sempre eficiente. Podemos pensar no mercado de ações como sendo uma pessoa que tem um comportamento esquizofrênico: alterna momentos de extrema euforia, acreditando que o tempo das vacas gordas durará para sempre, e outros de profundo pessimismo, apenas enxergando coisas ruins e não acreditando em quaisquer possibilidades de melhora. Cabe a nós aprendermos a lidar com o "sr. Mercado", aproveitando as boas oportunidades que ele nos oferece e não nos deixando influenciar pelo seu comportamente. Seguir o comportamento do mercado pode ser muito perigoso.
3. As crises devem ser vistas como grandes oportunidades para a compra de ações com grande desconto em seu preço, pois, na média, os seus preços caem. Umas ações sofrem mais, tendo quedas acentuadas (blue chips), e outras menos com quedas menores (middle e small caps). Adquirir ações em momentos de crise é como comprarmos aquela roupa de marca que tanto desejamos com um grande desconto nas liquidações de início de ano. Para quem tem ações, nunca vendê-las durante uma crise. Uma decisão de venda deve ser tomada somente em caso de problemas com a empresa (ou seja, deterioração dos seus fundamentos) ou quando atingimos o retorno planejado para o nosso investimento.

4. Investimento em ações é uma das áreas da vida que devemos separar razão de emoção. Se quisermos ser bem sucedidos, precisamos ser totalmente racionais e analíticos. É muito importante cada um de nós se auto-conhecer, isto é, sabermos como nos sentimos e nos comportamos ao vermos o nosso dinheiro, em poucos dias, semanas ou meses, perder 10, 20, 30, 50, 60% do seu valor. Se vc não aguenta ver isso acontecer e se desespera, vc deve investir aos poucos em ações e quem sabe nem mesmo entrar no mercado. É uma certeza que em vários momentos veremos nossas ações caírem, porque as crises acontecerão.
5. Ter muito cuidado com e desconfiar de dicas, conselhos e recomendações. Existe muita boataria no mercado e pouquíssimos são os investidores, os profissionais e as instituições financeiras cujas opiniões merecem ser consideradas.

6.Para aprender sobre o mercado de ações a prática é necessária: devemos analisar e acompanhar não só as empresas que investimos como também outras companhias que podem vir a integrar a nossa carteira futuramente. Algumas leituras, escolhidas a dedo, são  também importantes fontes de aprendizado.

7.Termos certeza absoluta que cometeremos erros ao longo da nossa trajetória como investidores. Não existe investidor infalível no mercado. Os investidores bem sucedidos erram e erram muito! Então, o que os faz terem sucesso em seus investimentos? Acertar mais do que errar. A pequena diferença entre acertar mais do que errar resulta em excelentes retornos.

8. Nunca teremos 100% de certeza sobre qualquer coisa no mercado de ações. As nossas análises e estudos das empresas nos dão subsídios para tomarmos decisões com um bom nível de segurança e confiança.

9. O risco tem relação direta com o conhecimento. Ou seja, o risco de um investimento é menor quanto mais conhecimento temos da empresa e do seu segmento econômico de atuação, vice-versa.

10. Empresas têm pontos fortes e pontos fracos. O que determina se compramos ou não suas ações é o nosso entendimento sobre a existência de pontos fortes que compensem em muito as suas fraquezas, proporcionando o seu crescimento no médio e longo prazos.

11. Independente do momento que a bolsa se encontra (em uma fase de valorização, de crise ou no início de um processo de recuperação ou de crise), quase sempre existirão empresas cujas ações estarão subavaliadas.

12. O desempenho dos negócios de grande parte das empresas com ações negociadas na bolsa depende totalmente ou quase totalmente do mercado interno. Assim, devemos dar atenção à conjuntura econômica brasileira, analisando indicadores de investimento em produção, emprego, renda, consumo, produção industrial, inflação, taxa de juros etc.

13. O preço que pagamos por uma ação é um ponto importantíssimo. Se pagarmos além ou muito além do valor justo pelas ações de uma companhia, existe uma tendência de diminuirmos nosso retorno e de aumentarmos as chances de prejuízo financeiro, pois fortes valorizações nas ações, que não sejam justificadas por um grande crescimento dos negócios (sendo, portanto, artificiais e decorrentes das irracionalidades do mercado), podem ser eliminadas a qualquer momento por uma correção nos preços. A nossa meta sempre deve ser a compra de ações de empresas excelentes (pelos critérios de análise fundamentalista) a preços abaixo do que realmente elas valem ou no mínimo por um preço justo.

domingo, 22 de novembro de 2009

Capoeira em grande estilo!

Outro dia assisti "Besouro: o filme".

Gostei muito. Acho que o filme está bem produzido. Resumo-o em duas palavras: imperdível e espetacular!

Nele, a Capoeira é retratada fielmente tanto na parte física quanto na espiritual.

Com raras exceções quando o personagem Besouro dá extensos saltos, a riqueza de movimentos que o espectador vê existe na Capoeira. Tais movimentos fazem parte do treinamento dos capoeiristas, sendo bastante usados nas rodas.

Um dos pontos altos do filme é a relação da Capoeira com o Candomblé. Vemos como as entidades se relacionam, protegem e guiam Besouro. Este lado espiritual da Capoeira é pouco conhecido do grande público e também de muitos capoeiristas.

Um filme obrigatório para todo capoeirista. Para o público em geral, uma oportunidade de ouro para conhecer um pouco mais de uma das mais belas manifestações culturais do nosso povo.

Abraços,

Dudu

domingo, 2 de agosto de 2009

Entrevista com Mestre Nelson

A partir de hoje aos domingos, terei aqui no Blog um espaço para entrevistas. Entrevistarei pessoas das áreas que tenho interesse.
E para inaugurarmos esse espaço, entrevisto o Mestre Nelson de Souza Aguiar, mestre de capoeira e presidente do Grupo Ginga Paulista e do Centro Cultural Virtual Ginga Paulista.
Como sabem, eu pratico Capoeira. O Mestre Nelson é meu mestre e amigo.
Foto: Mestre Nelson
Eduardo - Quando e como foi que começou na Capoeira?
Mestre Nelson - Comecei na Capoeira quando tinha 10 anos em 1980. Conheci a Capoeira através dos meus amigos da turma de futebol de rua. Num dia em que fomos jogar bola, vi um deles fazendo alguns movimentos de Capoeira e aquilo me encantou. Depois de alguns dias, encontrei um outro amigo também do futebol chamado Luis. Ele estava vindo do treino de Capoeira, vestido totalmente de branco com o seu cordão verde. Perguntei a ele onde ele treinava e fiz muitas perguntas. Ai, ele me convidou para conhecer o seu grupo de capoeira que ficava no Sesc Dr. Vila Nova. Assim, iniciei a prática da Capoeira no Grupo Ginga Paulista com o Mestre Zim Pachom.

Eduardo - Fale um pouco sobre a história e o trabalho do Grupo Ginga Paulista?
Mestre Nelson - Quando iniciei, o Mestre Zim Pachom ensinava Regional e Angola, mas a especialidade dele era a Regional, pois ele disputava muitos campeonatos nacionais e internacionais de Capoeira. E para campeonatos, o treinamento de Regional é o mais indicado.

Em 1986, recebi a graduação de formado e o meu Mestre me indicou para treinar com o Mestre Gladson de Oliveira Silva, um dos membros da Federação Paulista de Capoeira (FPC), professor de educação física e introdutor da Capoeira na USP. O Mestre Gladson na época e ainda hoje era e é um dos Mestres mais técnicos e conceituados da Capoeira brasileira. Com o Mestre Gladson tive a oportunidade de fazer vários cursos preparatórios para tornar-me Contra-Mestre e Mestre.

Quando recebi a graduação de formado e fui fazer os cursos na FPC, o Mestre Zim me colocou para dar aulas de capoeira aos sábados no nosso Grupo. Em 1990, ao receber a graduação de Contra-Mestre pela FPC, o Mestre Zim me fez um pedido dizendo se eu gostaria de dar continuidade ao trabalho do Grupo Ginga Paulista, porque, por motivos pessoais, ele teria de se afastar da Capoeira e não queria que o Grupo Ginga Paulista acabasse. Eu aceitei e disse a ele na época que tinha muita honra e orgulho de dar continuidade ao trabalho.

Em 1991, recebi a graduação de Mestre pela FPC e pela Confederação Brasileira de Pugilismo (CBP), sendo reconhecido como um dos Mestres mais jovens da Capoeira brasileira na época aos 21 anos.

Desde que assumi a direção da Ginga Paulista, começamos a participar de vários eventos de Capoeira, como batizados, festivais de Capoeira, cursos na FPC e campeonatos nos quais ganhamos várias premiações.

Eduardo - Como está a Capoeira de hoje comparada com a Capoeira da época quando o senhor começou?
Mestre Nelson - Antigamente se jogava a Capoeira usando-se apenas movimentos de Capoeira. Era uma Capoeira que respeitava as tradições, sendo bem jogada, com muita malícia, técnica e que respeitava o berimbau e o mestre que o estava tocando.

Hoje em dia, a Capoeira mudou muito. Ela cresceu muito, é praticada em cada canto do Brasil e do mundo, o que é muito positivo. Porém, a tradição da Capoeira de raiz está se perdendo, porque os formados, monitores, professores e Contra Mestres não estão se especializando nos cursos de órgãos oficiais da Capoeira, ficando restritos apenas ao treinamento e conhecimento do seu próprio Grupo. O Capoeirista pode ser especializado em algum estilo de Capoeira, Angola ou Regional, porém ele tem que ser completo.

Eduardo - Mas Mestre, o que significa ser um capoeirista completo?
Mestre Nelson - É conhecer as tradições da Capoeira. Saber jogar em qualquer roda, saber tocar todos os toques, saber cantar, saber falar da história da Capoeira, saber o Maculelê, saber a Puxada de Rede, saber o Samba de Roda e tudo que faz parte da riqueza da Capoeira. É importante o Capoeirista participar de encontros, cursos e eventos com os grandes especialistas da Capoeira, para se atualizar e conhecer o que está acontecendo no mundo da Capoeira.

Eduardo - O que é a Capoeira Contemporânea e por que tem sido criticada pelos mestres antigos?
Mestre Nelson - É um estilo de Capoeira que se distanciou das tradições antigas. Nela, se usa diversos movimentos e golpes de outras artes marciais e o jogo costuma ser mais duro, travado e mais disputado. A beleza de uma Capoeira bem jogada, onde os dois capoeiristas dentro da roda mostram suas técnicas e a harmonia dos movimentos como se os dois fossem apenas um, nós não vemos na Capoeira Contemporânea.

Os mestres antigos criticam este estilo por causa da violência e do desrespeito às tradições da Capoeira bem jogada.

Eduardo - Fale um pouco sobre a relação aluno-mestre.
Mestre Nelson - O mestre para o aluno é como um pai, um amigo, um psicólogo, pois sempre estamos ajudando no crescimento, na educação e na evolução do aluno para que ele seja uma pessoa melhor, mais feliz.

Já o Mestre aprende a como lidar com cada aluno, pois cada pessoa é diferente da outra e tem as suas próprias necessidades e desafios a superar: umas são mais tímidas, outras mais extrovertidas, outras tem medo e baixa auto-estima.

Eduardo - Quais são os seus projetos e planos para o futuro?
Mestre Nelson - Há dois anos, criei no Orkut o “Centro Cultural Virtual Ginga Paulista”, onde eu mostro não só o trabalho que desenvolvemos na Ginga, mas também divulgo o trabalho de outros profissionais da Capoeira, dizendo o que cada um está fazendo no mundo da Capoeira.

Este trabalho está ajudando muitos capoeiristas a conhecerem grandes mestres e as atividades de muitos Grupos. Ou seja, o “Centro Cultural Virtual Ginga Paulista” está promovendo um intercâmbio de informações e conhecimentos entre os capoeiristas de várias partes do Brasil e do mundo. Ele está ajudando a preservar as tradições da Capoeira.

Para o futuro, quero criar o “Centro Cultural Ginga Paulista” que será muito mais do que um espaço de treinamento de Capoeira, será um espaço de vivência da Capoeira, com shows, festivais, eventos. Ele será a casa do capoeirista.

Eduardo - Mestre, como os capoeiristas podem fazer parte do “Centro Cultural Virtual Ginga Paulista”?
Mestre Nelson - Acessando no Orkut http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?rl=fpp&uid=3480017589472634726 .

Eduardo - Qual a sua mensagem para os capoeiristas?
Mestre Nelson - Para quem irá se iniciar na Capoeira e para aqueles que já são capoeiristas comecem a se dedicar e busquem conhecer tudo que puderem sobre a Capoeira. A Capoeira é uma relíquia que os grandes mestres como Bimba, Pastinha e outros deixaram para nós, a Capoeira é um patrimônio do nosso país, é uma das coisas mais bonitas que o homem já criou. Dê o seu melhor, respeite o seu próximo, combata a violência e busque ser um capoeirista completo. Valorize o seu Mestre, o seu Grupo. Leia revistas e livros sobre Capoeira. Assista os DVDs e ouça os CDs de Capoeira. Quando tiver quaisquer dúvidas ou curiosidades, converse com o seu Mestre. Participe de eventos, cursos, festivais etc, pois assim você sempre estará atualizado e será um grande capoeirista.
Eduardo - Mestre, muito obrigado pela sua participação aqui no Blog.

sábado, 11 de julho de 2009

A Capoeira e a criança

Por Mestre Nelson de Souza Aguiar e Eduardo Villela*
Hoje, falaremos sobre como a Capoeira é excelente para o desenvolvimento físico e psicosocial das crianças.

Antes de entrarmos no tema propriamente dito, gostaríamos de fazer um alerta: é recomendável que a criança comece na Capoeira a partir dos 3 anos, pois a sua prática pressupõe o domínio dos movimentos básicos do corpo. Como elas começam a andar por volta de um a um ano e meio, daí até os 3 anos, elas aprendem a noção de espaço, de equilíbrio e a ter controle dos movimentos básicos do corpo: das pernas, dos braços, do quadril, da cabeça.

Na formação do corpo, a Capoeira promove a saúde, a agilidade de raciocínio-reflexo e a consciência corporal das crianças. Elas aprendem a fazer diferentes tipos de movimentos com os braços, as pernas, a cabeça e com o corpo em geral, o que melhora e desenvolve o seu senso de equilíbrio, a sua respiração e o seu condicionamento cardiovascular, além de estimular o seu crescimento saudável, através de um bom desenvolvimento ósseo-muscular.

No aspecto psicosocial, a Capoeira ensina às crianças valores fundamentais para a formação do seu caráter, para o desenvolvimento do seu equilíbrio emocional e para o convívio em sociedade: respeito ao próximo, tolerância, solidariedade, companheirismo, espírito de grupo, disciplina, autocontrole emocional, auto-estima e diminuição e eliminação da ansiedade e da agressividade.

Por último, tanto o desenvolvimento do corpo quanto psicosocial da criança na Capoeira acontecem de uma maneira extremamente prazerosa e divertida por meio da música.

A Capoeira é uma relíquia da nossa cultura que contribui na educação das nossas crianças para a vida. No futuro, os pequenos capoeiristas de hoje terão tudo para serem grandes homens e mulheres, aptos a construírem uma sociedade de paz, esperança, amor, otimismo e perseverança.

Pratique Capoeira e acrescente alegria e anos à sua vida!
*Nelson de Souza Aguiar é mestre de capoeira e diretor do Grupo Ginga Paulista. É registrado no Conselho Regional de Educação Física (CREF), ensina e pratica esta arte há mais de 25 anos, além de ter sido diretor de arbitragem da Federação Paulista de Capoeira. Contato: (11) 9337-0232
Eduardo Villela é discípulo do Mestre Nelson de Souza Aguiar e membro do Grupo Ginga Paulista. Pratica Capoeira há 4 anos.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Capoeira: uma atividade física completa



Por Mestre Nelson de Souza Aguiar* e Eduardo Villela

Hoje, falaremos sobre os movimentos da Capoeira que proporcionam um ótimo condicionamento físico e mental.

A Capoeira possui uma riqueza de movimentos e golpes que podem, assim, ser divididos:

•ginga→movimento básico da Capoeira a partir do qual todos os demais começam. Equivale ao passos de uma dança;
•rasteiras e golpes desequilibrantes→ estas técnicas desenvolvem o equilíbrio do corpo, o reflexo e fortalecem a musculatura das pernas;
•chutes→ existem vários tipos de golpes com as pernas (frontal, lateral, giratórios, etc). Eles trabalham a coordenação motora, o equilíbrio, o alongamento e a força das pernas;
•esquivas→ estes movimentos funcionam como defesas contra ataques frontais e laterais, melhorando o reflexo e a agilidade;
•cabeçada→usa-se a cabeça para realizar ataques, como também para desequilibrar o seu companheiro quando ele executa o “Aú” (espécie de estrela);
•braços→embora na capoeira a grande maioria dos movimentos são feitos com as pernas, existem alguns movimentos com os braços, utilizados como treinamento para defesa pessoal;
•acrobacias→são movimentos de saltos e cambalhotas que trazem uma grande beleza e harmonia na roda de capoeira.
Eles são realizados como demonstração das habilidades físicas do capoeirista e sempre encantam o público. Desenvolvem o alongamento, o equilíbrio, a coordenação motora, a agilidade e a força nos braços.

Todos estes movimentos e golpes fazem da Capoeira um esporte completo que melhora o corpo e a mente: todas as partes do corpo são trabalhadas e tonificadas; o raciocínio, a agilidade mental, o reflexo e a coordenação motora são desenvolvidos e estimulados todos os dias nos treinamentos.

Pratique capoeira e acrescente alegria e anos a sua vida!
*Mestre de capoeira e diretor do Grupo Ginga Paulista. É registrado no Conselho Regional de Educação Física (CREF), ensina e pratica esta arte há mais de 25 anos, além de ter sido diretor de arbitragem da Federação Paulista de Capoeira. Contato: (11) 9337-0232

sexta-feira, 26 de junho de 2009

A Música na Capoeira



Por Mestre Nelson de Souza Aguiar* e Eduardo Villela

No texto de hoje, falaremos um pouco sobre a música na capoeira. Primeiro, discutimos o porquê da musicalidade presente na capoeira. Num segundo momento, apresentamos os instrumentos que usamos no jogo.

Os movimentos da capoeira (chutes, rasteiras, esquivas, cabeçadas, golpes com as mãos e outros) surgem como forma de resistência do negro à escravidão. Se os escravos praticassem tais movimentos abertamente e diretamente, como tradicionalmente é o treinamento de outras artes marciais, eles seriam duramente repreendidos pelos senhores de engenho, fazendeiros de café e seus homens de confiança (feitores e capitães-do-mato).

Assim, os negros combinaram os movimentos com suas tradições musicais e de dança, dando a capoeira um disfarce, para que tivesse condições de ser praticada e se desenvolvesse. “Como modalidade de luta, a capoeira era treinada nas fazendas como coreografia que simulava uma dança inocente aos olhos dos feitores e senhores de engenho. (...) De acordo com a Enciclopédia Barsa, o acompanhamento musical, usado ainda hoje nas rodas de capoeira, era uma forma de os escravos camuflarem a sua verdadeira intenção, que era ‘exercitar-se para enfrentar, em época oportuna, o braço armado do branco’.”[1]

Em relação aos instrumentos, a capoeira é formada por: berimbau, atabaque, pandeiro, reco-reco e agogô. Estes instrumentos tocados em conjunto proporcionam a harmonia e a beleza das cantigas e ladainhas as quais dão o ritmo dos movimentos dos capoeiristas na roda.
Pratique capoeira e acrescente alegria e anos a sua vida!

*Mestre de capoeira e diretor do Grupo Ginga Paulista. É registrado no Conselho Regional de Educação Física (CREF), ensina e pratica esta arte há mais de 25 anos, além de ter sido diretor de arbitragem da Federação Paulista de Capoeira. Contato: (11) 9337-0232

[1] LIMA, Mano. Dicionário de Capoeira. Brasília, março de 2006. 2ªedição revista e ampliada, 208p.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Os Benefícios da Capoeira

Pratico Capoeira há 4 anos e a partir de hoje toda sexta terei uma coluna de Capoeira aqui no blog. Publicarei textos escritos em co-autoria com o meu mestre.

Boa Leitura!

Abraços,

Dudu

Os Benefícios da Capoeira
Nelson de Souza Aguiar* e Eduardo Villela

A capoeira é cultura brasileira, arte marcial, dança, jogo, brincadeira, alegria e amor.

A sua pratica traz vários benefícios para o ser humano.

Na parte física, a capoeira é um dos esportes mais completos que existe, pois, através de uma riqueza de movimentos (trabalha-se os braços, as pernas, a cabeça e todas as articulações do corpo), ela proporciona os seguintes benefícios:

•melhora o condicionamento físico, contribuindo para a boa saúde e o aumento da longevidade;
•controle emocional, diminuindo a agressividade, a ansiedade e o estresse;
•em crianças, ajuda no seu crescimento e desenvolvimento físico;
•melhora a coordenação motora, desenvolvendo o reflexo e o raciocínio rápido;
•elimina o excesso de peso.

Em relação à formação do aluno, a capoeira desenvolve a disciplina, a persistência, o respeito, a comunicação e a integração social. Não existe discriminação de raça, idade e crenças religiosas. Qualquer pessoa pode praticá-la.

No dia-a-dia dos profissionais, a agilidade, a malícia e o jogo de cintura, características tão praticadas em uma roda de capoeira, ajudam-nos a lidar melhor, de uma forma criativa, com os desafios que surgem a todo momento no ambiente de trabalho.

A capoeira é a arte da paz. O seu grande objetivo não é vencer ou machucar o outro, mas sim nos preparar para vencer a luta da vida. Em outras palavras, preparar-nos para superar as dificuldades da vida, a fim de que sejamos pessoas realizadas e felizes.

Pratique a capoeira e acrescente alegria e anos a sua vida!

*Mestre de capoeira e diretor do Grupo Ginga Paulista. É registrado no Conselho Regional de Educação Física (CREF), ensina e pratica esta arte há mais de 25 anos, além de ter sido diretor de arbitragem da Federação Paulista de Capoeira.
Contato: (11) 9337-0232

terça-feira, 16 de junho de 2009

Viagem à Coreia do Sul

Sou membro e pesquisador do Grupo de Estudos da Ásia-Pacífico (GEAP) da PUC/SP. Nele, estudamos política, economia e gestão dos países a seguir, assim como suas relações com o Brasil: China, Coréias, Japão e países do Sudeste Asiático. Para mais informações sobre o trabalho do GEAP-PUC/SP, acessem www.pucsp.br/geap .

Devido às atividades que realizo no GEAP-PUC/SP, em 2005 tive a oportunidade de viajar para a Coréia do Sul.

Logo ao retornar ao Brasil, escrevi o texto abaixo, onde falo da cultura coreana e o que nós brasileiros podemos aprender com os coreanos.

Boa leitura!

Abraços,

Dudu

Coréia: uma visão brasileira
No presente texto, faremos um relato e algumas reflexões sobre a cultura da Republica da Coréia (ou Coréia do Sul), tendo por base recente viagem de 14 dias a este país. Falaremos um pouco também sobre o que nós brasileiros podemos aprender com o povo coreano.

1. A Família Coreana

Ficamos em uma casa de família durante alguns dias. Na “nossa família”, o casal, um homem de 38 anos e uma mulher de 35, tinha duas crianças: uma menina de 6 anos e um garoto de 9 anos. O “nosso pai” é um pequeno empresário que trabalha de segunda a sábado, saindo de casa às sete horas da manhã e chegando às dez da noite, de segunda a sexta-feira, e no sábado trabalha das sete ao meio-dia ou uma hora da tarde. Tira apenas, uma vez por ano, 5 dias de férias. “Nossa mãe” é uma dona de casa. Aqui, observamos uma primeira característica dos coreanos (e do asiático de uma forma geral): são extremamente organizados, dedicados e disciplinados para o trabalho.

Conversávamos apenas com o “nosso pai”, pois “nossa mãe” e as crianças não falavam inglês. Ele nos contou que com a rápida modernização e o desenvolvimento econômico do país nas últimas quatro décadas tem diminuído o número de casamentos e que o número de membros do núcleo central[1] da família é cada vez menor. Hoje, o homem e a mulher coreanos constituem uma família tardiamente, porque é preciso desenvolver antes a carreira. Embora os serviços públicos no país sejam excelentes (principalmente, a educação), criar um filho custa caro. Inclusive, muitas jovens coreanas não pretendem se casar, focando e concentrando os seus esforços e atenções na sua carreira.

As famílias coreanas estão bastante influenciadas pela cultura ocidental. Religiosamente, dos 50.7% dos coreanos que professam uma fé religiosa, de acordo com uma pesquisa de 1995, 39% são protestantes e 13% católicos[2]. É comum ver pessoas fumando e bebendo. As pessoas se vestem como em qualquer grande cidade do ocidente: usam jeans, camiseta, terno, tênis, óculos escuros e etc. Na “nossa família”, “nosso pai” fumava, bebia, tomava café, não era religioso e todos se vestiam com jeans, camiseta, sobretudo, tênis. O interior de boa parte das residências é composto por muitos eletrodomésticos, mesas e camas com boa distância do chão como no Ocidente. Assim é a casa de “nossa família” coreana. O futebol é um esporte apreciado nacionalmente. Os coreanos são realmente fanáticos. Ao chegar a casa de família, encontramos o “nosso irmãozinho” jogando futebol.

Mas se por um lado há tal influência dos valores ocidentais, por outro os coreanos preservam várias tradições da sua cultura. A sua alimentação é totalmente tradicional, a base de sopas, cozidos, vegetais, arroz, peixes, carne de porco, frango, soja (tofu), com quase tudo extremamente apimentado. Entre as bebidas alcoólicas mais apreciadas estão o vinho e o Whisky de arroz. Nas festas familiares (casamentos, funerais e aniversários, por exemplo), todas as pessoas usam vestimentas tradicionais, como o hanbok, um equivalente ao kimono japonês. O “nosso pai” nos mostrou o álbum de fotos da família. Na festa de aniversário de sua filha, todos estavam vestidos em trajes tradicionais. Assim como no Japão, há a tradicional cerimônia do chá, em que muitas famílias praticam e as crianças a aprendem durante a sua educação. Os esportes tradicionais, como o Taekwondo, são largamente praticados e valorizados no país.

2. A TV, a universidade e os anúncios e propagandas nas ruas de Seul

Na televisão, na universidade e nas ruas de Seul, há também uma influência do Ocidente.
Assistimos a vários canais da TV coreana. Encontramos programas de auditório similares aos brasileiros “Domingo Legal”, “Raul Gil”, “Faustão” e “Silvio Santos”. Em um canal voltado ao público jovem, vimos a apresentação de um grupo de música coreano que é uma cópia dos norte-americanos “BackStreetBoys”. Em relação aos filmes, há uma forte presença do cinema americano. Em vários comercias de empresas coreanas na TV, vemos modelos ocidentais atuando.

Em andanças pelas ruas de Seul, vimos também diversos anúncios e propagandas protagonizados por pessoas ocidentais. O curioso foi quando passamos na frente de uma academia de ginástica e vimos um pequeno outdoor com a imagem de um modelo ocidental, um homem loiro que poderia ser um alemão, inglês ou americano, de camiseta regata, levantando uma barra com pesos.

Por fim, visitamos a Seoul National University, considerada a melhor universidade da Coréia. Chama atenção a semelhança com tradicionais universidades dos EUA, a exemplo de Harvard, Princeton e o MIT. As salas de aula são em estilo anfiteatro, com aquelas lousas que podem ser substituídas. Os alunos que nos receberam utilizavam uniforme com o brasão da universidade.

3. Harmonia entre os Valores Ocidentais e a Cultura Tradicional

Conforme relatamos acima, houve um processo de ocidentalização na Coréia do Sul. Porém, os valores ocidentais não desfiguraram as tradições coreanas que continuam vivas e fortemente presentes no dia-a-dia do povo coreano. A tradição convive de forma harmônica com os valores do Ocidente. Lembrando Oswald de Andrade com a Antropofagia, os coreanos “absorveram, mastigaram e digeriram” a cultura ocidental, adaptando-a a sua realidade.

4. A importância de se valorizar a Cultura

Para finalizarmos, o que mais nos impressionou e emocionou na Coréia foi ver o amor e o orgulho que os coreanos têm da sua cultura. Isto não é algo de hoje, em que o país é desenvolvido e rico, mas uma coisa desde sempre. Nos piores momentos de sofrimento e aflições da história coreana ─ guerras, dominação e humilhação estrangeiras ─ o povo coreano nunca deixou de amar a sua cultura e nunca perdeu a auto-estima.

A nossa visão é a de que as transformações econômicas dos últimos 40 anos, que fizeram da República da Coréia um país desenvolvido com alto padrão de qualidade de vida para seu povo, só foram possíveis na medida em que a paixão e o orgulho pela própria cultura forneceram o combustível essencial para a construção de um novo país. Acreditamos que nós brasileiros temos muito a aprender com os coreanos. Precisamos dar valor à nossa cultura e ao nosso povo e deixar de olhar sempre para baixo, achando que os outros povos são melhores do que nós. Só assim teremos ânimo e força para construirmos um país melhor. Quem não é apaixonado e não se orgulha das suas tradições e valores não possui auto-estima e fica sem alma. Cultura é a essência da vida.

[1] Por “núcleo central” entendemos pai, mãe e filhos, pois na Ásia, em geral, a organização familiar difere dos países do Ocidente, de formação cultural judaico-cristã. As famílias asiáticas são numerosas e funcionam como clãs, estando organizadas em uma extensa rede de relacionamentos.

[2] SERVIÇO Exterior de Informações sobre a Coréia. Informações sobre a Coréia. Seul: 2004, p.161.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

O sr. Mercado

A melhor explicação [1] para entendermos a dinâmica irracional e esquizofrênica do mercado de ações [2] foi elaborada por Benjamim Graham, professor de finanças da Universidade de Columbia, brilhante investidor e autor dos clássicos “Security Analysis” e “The Intelligent Investor”, na primeira metade do século XX.

De acordo com ele, o mercado é irracional, porque é formado por pessoas que são muito mais propensas a tomarem decisões com base nas emoções do que na racionalidade.

Mas vejamos agora uma história que Graham criou para entendermos o funcionamento do mercado.

Imaginemos que somos donos de um negócio e temos um sócio, o “sr. Mercado”. Este sujeito está disposto todos os dias a nos vender a sua parte por determinado preço, mas ao mesmo tempo nos faz ofertas para a compra de nossa parte. Temos total liberdade para aceitar ou não às propostas diárias deste senhor.

Como o “sr. Mercado” é emocionalmente instável e pouco racional, alterna períodos de euforia e otimismo excessivo com outros de depressão profunda e grande pessimismo. No primeiro estado de humor, por enxergar apenas perspectivas muito positivas para o seu negócio e a economia em geral, ele deseja vendê-lo a nós por um preço elevado. Por outro lado, quando está depressivo e pessimista, não conseguindo ver nada além de tempos ruins pela frente, o “sr. Mercado” oferece-nos um preço bastante baixo pela compra da nossa participação na empresa, caso queiramos vendê-la.

Segundo Graham, devemos evitar seguir a vontade do mercado, descrita no parágrafo anterior, porque temos enormes chances de sofrer prejuízo financeiro, na medida em que invariavelmente aos tempos de euforia e otimismo exagerado seguem-se aqueles de depressão e pessimismo, vice-versa.

Os momentos de valorização e alta da bolsa são para a realização de lucros com a venda das ações. Já os períodos de instabilidade, crise e recessão econômicas são para a compra do maior número possível de ações, pois os seus preços se depreciam e elas ficam baratas. Em um momento seguinte de recuperação da economia, há um elevado potencial de valorização para estes títulos.

Em resumo, saibamos aproveitar as oportunidades que o mercado nos traz, sem no entanto, deixar-nos influenciar por ele.
Abraços,
Dudu

[1] As idéias que apresento neste texto aplicam-se principalmente a ações de empresas blue chips.

[2] Definição de Mercado de Ações: conjunto de agentes econômicos (pessoas, empresas, corretoras, fundos de investimento, fundos de pensão etc) que negociam (compra e venda) ações de forma regulada e organizada, normalmente por meio das Bolsas de Valores.

domingo, 14 de junho de 2009

Comida chinesa na liberdade

Adoro comida chinesa e japonesa. Hoje, irei almoçar no restaurante chinês “Rong He Massa Chinesa” na Liberdade. É um dos melhores do bairro. Sua especialidade são os pratos de massa. Nele, come-se um dos melhores yakisobas de SP, a um preço médio de R$30 a R$35,00 por pessoa com 2 bebidas mais uma entrada. A porção de yakisoba é tão farta, que 2 a 3 pessoas comem super bem. Excelente custo-benefício. A preparação ao vivo da massa pelo cozinheiro é uma atração à parte. Há um vidro que separa a cozinha do salão das mesas e dele se enxerga os seus cozinheiros a todo vapor. Para quem vai almoçar lá no fim de semana, prepare-se para esperar por um mesa de 30 min. a 1 hora, pois vive cheio. Mas vale muito à pena a espera, porque a comida é espetacular. O telefone e o endereço são:

Rong He Massa Chinesa
Rua da Glória, 622-A - Liberdade - São Paulo - SP Tel: (11) 3275-1986

Abraços,

sábado, 13 de junho de 2009

Correr no frio: o desafio dos 10 minutos

Lembram das temperaturas da manhã de 9 a 11ºC que tivemos há uns dias atrás aqui em SP? Pois é, lá estava eu de pé cedinho, treinando nesse frio louco. Se sair da cama já foi um desafio, superação maior sempre são os primeiros 10 minutos de corrida. Este é o tempo que o meu corpo mais ou menos leva para aquecer. Parece uma eternidade! Eu sempre tento me concentrar na música que estou ouvindo ou focar a minha mente em algum assunto. Assim, os minutos passam mais rápido. E depois que o corpo esquentou tudo vai bem, a corrida flui naturalmente.

Há corredores que no frio usam casacos leves de tecido Dryfit, luvas, calças especiais de corrida e tocas. Eu já tentei usar estes acessórios, mas para mim eles não funcionam, pois me incomodam. Gosto mesmo de correr de camiseta Dryfit e bermuda.

Eu não gosto do frio para correr, mas muito pior que o frio é não treinar.

Quando não corro nos dias que programei os treinos, seja por qual motivo for, não tenho a mesma disposição e energia dos dias nos quais começo com uma boa corrida.

Mas voltemos aos treinos no frio.

No verão, o Parque Ibirapuera sempre está cheio de corredores, um mar de gente. Aí, quando você vai treinar lá em dias gelados, principalmente nos horários que fazem um frio de rachar, só vemos alguns “gatos pingados”. E as pessoas que passam de carro nas avenidas adjacentes ao Parque olham para você com aquela expressão de “o que esse maluco tá fazendo aqui nesse frio???!!”. Mal sabem elas o prazer que temos na corrida.

Só quem é corredor sabe o quanto o nosso esporte é especial e nos traz tantos benefícios. Ele nos estimula a buscar uma superação constante dos nossos limites, ele nos coloca em contato direto com os nossos pensamentos (sabiam que algumas das melhores idéias que já tive surgiram enquanto corria??), ele nos fortalece e nos torna saudáveis não só fisicamente, mas também psicologicamente. Enfim, paremos por aqui, pois os benefícios da corrida é assunto para um futuro post.

Por isso, com frio ou sem frio, não deixem a sua corrida de lado!

Abraços,