sábado, 24 de abril de 2010

Educação financeira das crianças

Sugiro a leitura do texto abaixo, publicado na Revista Amanhã. 
Concordo com o autor de que a educação financeira é um dos principais pilares para o bem estar de uma pessoa quando adulta. 
A educação financeira precisa ser tratada como prioridade pela sociedade brasileira. Devemos criar no país uma cultura de poupança e investimento. E a forma mais eficaz para a criarmos é concentrarmos esforços em ajudar as nossas crianças a desenvolverem hábitos positivos na sua relação com o dinheiro.
Abraços,







quinta-feira, 15 de abril de 2010

Seu filho, um investidor

Muitos pais se preocupam com a nota dos filhos na escola, mas esquecem de educá-los para lidar com o próprio dinheiro
Por: Sílvio Paulo Hilgert*
Muitos pais se preocupam com as notas que seus filhos recebem na escola. Poucos, no entanto, asseguram uma educação que coloque as crianças a par de conceitos fundamentais para uma vida financeiramente saudável e aberta à acumulação de riquezas.
As crianças precisam aprender, desde cedo, os conceitos essenciais de convivência em sociedade: caráter, valores morais, trabalho etc. Mas também precisam assimilar questões ligadas à vida financeira. Isso é fundamental para que elas se tornem adultos responsáveis, equilibrados e financeiramente promissores.
Costumo dizer que, no Brasil, as pessoas já nascem com um "chip" contendo informações sobre investimentos em poupança e imóveis. Nossa cultura prega que esses são os melhores investimentos. Trata-se de um hábito antigo que se sustenta na noção de segurança - historicamente, difundiu-se a ideia de que esses investimentos são as melhores alternativas existentes para proteger e ampliar o patrimônio pessoal.
Nos Estados Unidos, ao contrário do Brasil, o mercado de capitais é bem mais desenvolvido e as crianças já trazem do berço os conceitos básicos sobre seu funcionamento. Os pais compram ações para os filhos e os incentivam a investir em ações e outros ativos de maior risco. A poupança das famílias, muitas vezes, é uma carteira de ações.
O Brasil é um país de enormes desigualdades sociais com uma grande massa pobre e um pequeno grupo muito rico. O que você quer para seu filho? Que ele faça parte da multidão e se contente com a situação atual? Ou que busque uma nova realidade, com maior poder de consumo?
Lembre-se: a formação financeira se dá muito mais pelo exemplo dos pais do que pela orientação em si. Por isso, é preciso buscar alternativas de investimento que possam fazer a diferença e levá-los a novos horizontes. Nunca se esqueça de correr atrás e ser um "exemplo vivo" para seu filho. É a melhor herança que você pode dar a ele.
Incentive seu filho a gostar destes assuntos. Faça-o ler, estudar e, principalmente, comprar ações desde cedo. Só assim, ele conhecerá esse mercado, perderá os medos e passará a ver as ações como uma oportunidade de investimento. Se tudo der certo, ele acabará sendo mais um representante de uma geração de cidadãos com uma mente mais aberta para lidar com o risco - e benesses - da bolsa de valores.
*Silvio Paulo Hilgert é diretor acadêmico da XP Educação, do Rio de Janeiro

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