domingo, 23 de maio de 2010

Antes de investir, construa uma reserva financeira para imprevistos e emergências

Antes de poupar e investir para comprar bens e serviços de valor, como um carro, uma casa, uma viagem, um curso de pós-graduação etc, precisamos nos preocupar em construir uma poupança para situações de imprevistos e emergências as quais sempre estão sujeitas de acontecer e impactar a nossa vida. Alguns exemplos destas situações são um problema de saúde que nos submeta a um tratamento de média a longa duração e nos impeça de trabalhar, uma demissão, problemas de saúde e falecimento de familiares.

Assim, é fundamental constituirmos uma reserva financeira para garantirmos a nossa segurança e bem estar pessoais, bem como da nossa família.

Especialistas em planejamento financeiro pessoal e familiar, como também consultores de carreira, recomendam que todo profissional deva ter uma poupança de 6 a 12 vezes o valor da sua renda mensal. Em uma situação de demissão, por exemplo, um profissional prevenido que construiu uma poupança de 12 vezes o seu salário conseguirá manter o mesmo padrão de vida por 12 meses sem se desesperar para arrumar um novo emprego rapidamente por que as contas não param de chegar e não possui dinheiro para pagá-las, podendo se dedicar à sua transição de carreira de maneira planejada e serena.

Tal reserva deve estar investida em uma aplicação conservadora e de baixíssimo risco que nos permita recorrer ao dinheiro no momento de uma necessidade sem a possibilidade de sofrermos prejuízo financeiro ao sacá-lo. O dinheiro pode ser investido em títulos públicos, na poupança ou fundos de investimento DI, modalidades de investimento conservadoras que oferecem riscos muito baixos. Nunca este dinheiro deve ser aplicado em renda variável, como ações, câmbio e fundos de investimento multimercado, pois são investimentos de risco que normalmente requerem um horizonte de médio a longo prazos para obtermos uma boa rentabilidade.


Embora nos esforcemos para tentarmos prevenir, minimizar ou mesmo evitar os imprevistos e as emergências, não estamos livres de vivermos momentos turbulentos, porque não é possível termos um controle absoluto sob todas as variáveis da vida. Portanto, ao possuirmos uma poupança para eventos inesperados, estaremos preparados para passar pelos momentos difíceis com um pouco mais de tranquilidade e o menor sofrimento possível.    

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Investimento em ações - Qual percentual do meu dinheiro destinado a investimentos devo aplicar em ações?




Neste vídeo, sugiro que vc invista o seu dinheiro em 3 diferentes categorias de investimentos: ações; renda fixa; e fundos de investimento multimercado.


Explico que você deve dividir o seu dinheiro em determinados percentuais de acordo com uma das seguintes faixas etárias em que esteja: até 30 anos; acima de 30 até 60 anos; e acima de 60 anos.

sábado, 15 de maio de 2010

Você é um consumidor consciente?

Diariamente, somos muito incentivados a consumir: são anúncios nos jornais e revistas que lemos, as malas diretas que recebemos pelo correio, os e-mails Marketing que lotam nossa caixa postal, os banners em sites e os comerciais na TV. Quando vamos aos Shopping Centers ou andamos por ruas de comércio vemos vitrines de lojas comunicando promoções. Ao entrarmos em um estabelecimento comercial com ou sem a intenção de comprar algo, somos atendidos por vendedores treinados em técnicas de vendas os quais tentarão nos convencer a comprar o máximo possível de produtos. Sem falar também do apelo extremamente sedutor de tantas novidades que chegam ao mercado, como novos aparelhos tecnológicos (Ipad, Smartphones, GPS etc) e artigos da moda (roupas e calçados de determinada estação etc).

Em várias situações, a Publicidade e a Propaganda, as técnicas de vendas e o Marketing são tão bem empregados e sedutores que nos levam a comprar determinado produto de forma automática, sem que paremos para pensar se realmente precisamos dele no momento.

Nas nossas casas, se prestarmos atenção a quantidade de produtos que possuímos e nunca usamos (talvez nunca usaremos!) ou o fizemos poucas vezes, iremos nos assustar. No caso dos homens tendem a ser aparelhos eletrônicos, camisas, equipamentos esportivos etc. No das mulheres costuma ser sapatos, bolsas, roupas em geral etc. Paremos para pensar quanto dinheiro gastamos (e quantas horas trabalhamos para ganhá-lo) na compra destes itens. Todo este dinheiro gasto desnecessariamente poderia ser investido em um curso para aprimorar os nossos conhecimentos e a nossa empregabilidade ou em alguma atividade de lazer com a família, como uma viagem.

Consumir é fundamental para satisfazer as nossas diferentes necessidades. Porém, o consumo deve ser consciente.

Consumo consciente significa planejarmos antes as nossas compras e valorizarmos e respeitarmos o nosso dinheiro, tendo um claro entendimento da quantidade de horas que trabalhamos para ganhá-lo, assim como do esforço que empenhamos todos os dias na realização do nosso trabalho.

Por isso, toda vez antes de pensarmos em comprar algo, paremos por um instante para nos fazer as seguintes perguntas:

Será que eu realmente preciso disso? Por qual razão? Será que já não tenho uma quantidade suficiente deste item em casa? Quantas horas precisei trabalhar para ganhar o dinheiro suficiente para comprar este produto? Será que o dinheiro que penso em gastar agora não poderia ser melhor utilizado na compra de outro bem ou serviço mais importante para mim e minha família? 

sábado, 1 de maio de 2010

Investimento em ações: o que são Small Caps, Middle Caps e Blue Chips?


Uso a classificação abaixo para dividir as empresas listadas na Bolsa.

Small Caps (pequena capitalização de mercado): empresas com valor de mercado de até R$500 milhões
Middle Caps (média capitalização de mercado): companhias com valor de mercado entre R$500 milhões e R$10 bilhões
Blue Chips (grande capitalização de mercado): empresas com valor de mercado acima de R$10 bi.

Para calcularmos o valor de mercado de uma empresa, temos:

Valor de Mercado = total do número de ações x cotação de hoje das ações

A seguir, falo um pouco das características delas.

As Blue Chips são aquelas empresas enormes que todo mundo conhece: Petrobras, Itaú, Vale do Rio Doce etc. No geral, elas têm grande partipação ou mesmo liderança de mercado no segmento em que atuam. Já cresceram muito (salvo exceções, foram pequenas e médias empresas no passado) e o seu espaço para expansão de mercado geralmente é limitado (crescimento via fusões e aquisões é uma exceção). Pensemos o seguinte, quais as chances de uma empresa que vale dezenas ou centenas de bilhões de reais crescer de forma acelerada, 5 ou mais vezes em um espaço de tempo de 5 ou 10 anos? Pequenas. Por isso, as ações dessas companhias tendem a ter uma valorização mais lenta ao longo do tempo. Outras características: são as queridinhas do mercado (ex: praticamente, toda corretora tem um ou mais analistas q só estudam Petrobrás e Vale do Rio Doce), possuem um grande número de acionistas, entre eles encontramos muitos grandes investidores (fundos de investimento, fundos de pensão, instituições financeiras, outras empresas) brasileiros e estrangeiros, como também grandes investidores pessoa física. Normalmente são boas pagadoras de dividendos. Nos momentos de crise na bolsa, as suas ações tendem a ser aquelas que mais caem, pois boa parte dos seus acionistas geralmente não tem a visão de sócios de um negócio, enxergando as ações apenas como papéis a serem vendidos durante uma as crises ou em qualquer sinal delas, independente dos fundamentos da empresa. As ações destas empresas só valem à pena serem compradas nos momentos de crise. A partir de uma desvalorização mínima de 30%, elas começam a tornar-se atrativas. Passadas as crises, a recuperação no seu preço tende a ser rápida. Por fim, suas ações têm alta ou altíssima liquidez, ou seja, é possível comprar e vender milhões de reais delas em um mesmo dia. Como tais companhias são muito conhecidas, analisadas e estudadas, a quantidade de informações disponíveis a seu respeito é enorme e de fácil acesso.

As middle e small caps são empresas desconhecidas ou pouco conhecidas do grande público. Possuem um pequeno número de acionistas quando comparadas às blue chips. Normalmente, grande parte das ações estão nas mãos do fundador, da sua família e de investidores que são próximos (que têm algum relacionamento) da empresa. Alguns poucos fundos de investimento e instituições financeiras também investem nas ações destas empresas: estamos falando de investidores com uma estratégia de investimento de longo prazo e enfoque fundamentalista que, não coincidentemente, estão entre os mais bem-sucedidos do mercado financeiro, graças a um histórico de resultados consistentes (acima da média do mercado). Outras características: normalmente possuem um bom espaço para expandir o seu mercado e, assim, desenvolvem esforços e investem intensamente no seu negócio para conquistarem mercado; no geral, pagam menos dividendos do que as blue chips; em sua maioria, não apresentam liquidez para operações diárias de milhões de reais com suas ações. Porém, oferem liquidez para operações de dezenas e centenas de milhares de reais. Estes tipos de empresas tendem a estar subavaliadas na bolsa brasileira, pois o mercado de ações brasileiro é bastante ineficiente nestas categorias. São as empresas que apresentam potencial para crescer rapidamente: várias vezes num período entre 5 a 10 anos. Observamos em algumas delas um claro movimento rumo a profissionalização, o que é muito positivo, porque um negócio profissionalmente administrado tende a ser mais eficiente e competitivo. Nos momentos de crise, suas ações tendem a cair menos por não terem um grande número de acionistas  e pelo fato dos seus acionistas serem próximos da empresa e verem-se como sócios dela. Portanto, eles têm um comprometimento e uma visão de longo prazo para com o investimento, não vendendo suas ações em momentos de crise. Não são poucas as informações existentes sobre estas empresas, porém tais informações são pouco divulgadas. Cabe ao analista de empresas saber onde encontrar estas informações.

Como obtemos informações das empresas e dos seus segmentos econômicos de atuação?

1- Visitas às empresas e conversas com pessoas que trabalham nelas ou que tenham proximidade e relacionamento com elas (ex: fornecedores).
2- Conversas com pessoas que trabalhem na concorrência.
3- Toda empresa com ações negociadas no mercado é obrigada pela legislação a disponibilizar a cada três meses e anualmente (resultado consolidado de 4 trimestres) uma série de informações ao público (demonstrações contábeis, relatórios escritos pelos administradores das empresas, pareceres dos auditores independentes, nome e cv dos administradores e dos membros dos Conselhos de Administração e Fiscal etc) que estão disponíveis no site da Bovespa, http://www.bovespa.com.br/ .
4- O próprio site das empresas é uma importante fonte de informações. Hoje, muitas companhias têm uma área de "relações com investidores", onde disponibilizam informações que acreditam ser do interesse dos acionistas e outros investidores interessadas em investir na companhia.
5- Publicações especializadas do segmento econômico em que a empresa atua: elas trazem uma riqueza de informações (situação atual e tendências do mercado, inovações, desafios etc). 
6- Sites de associações que representem um grupo de empresas de um mesmo segmento econômico. Exemplo: os sites da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e do SINDPEÇAS (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) talvez sejam as fontes mais completas de informações sobre as indústrias automobilística e de autopeças. 
7- Jornais da localidade onde a empresa está instalada.