3. Durante o período que manteremos o nosso dinheiro investido em ações, caso a ação suba, temos definido um percentual mínimo de alta para ela que nos deixará satisfeitos, a ponto de cogitarmos a sua venda? Caso a ação venha a cair no período, qual é a queda máxima que nos dispomos a aguentar, antes de vendê-la?
Ter objetivo é fundamental para o sucesso em investimentos em ações.
Assim como é necessário ter bem clara a razão do dinheiro estar aplicado e o tempo planejado para tal fim, precisamos definir antes de investi-lo metas de resultado (para as altas nas cotações) e de proteção (para as quedas nas cotações).
Sugiro-lhe definir uma meta anual de retorno para as suas ações, de acordo com duas premissas:
-o potencial de alta das ações estimado por você através da análise de alguns indicadores financeiros e qualitativos da empresa;
-o percentual de retorno (a rentabilidade) mínimo que você deve receber por investir o seu dinheiro no mercado de ações, um mercado de renda variável em que há risco. Este percentual deve ser superior à soma da rentabilidade de aplicações de baixo risco (como os títulos públicos) com a inflação.
Você precisa também estipular um percentual de queda máximo que se dispõe a aguentar para minimizar possíveis prejuízos financeiros. Tal prática é conhecida no jargão do mercado como "stop loss" (cortar prejuízos, em uma tradução livre). Uma observação que gostaria de fazer: lembre-se que para recuperar uma queda de x% no preço das suas ações, você terá de obter uma alta de 2x%. Exemplo: Uma ação cujo preço despencou de R$10,00 para R$5,00 (queda de 50%) deverá subir 100% para recuperar a cifra de R$10,00.
Se você fixou que uma queda de 20% no preço das suas ações é o seu limite, venda-as caso elas atinjam tal perda. Quem não usa "stop loss" está sujeito a sofrer prejuízos significativos, pois não temos como prever qual é o piso de queda que uma ação pode chegar.